sexta-feira, junho 29, 2007

Assim, por uns tempos...

O largo do Viriato e o seu Jacarandá centenário, como eu os vi, no passado dia 17 de Junho.

James - Sometimes

O Copo de Água

Devia ser nos começos do verão,
os inumeráveis jacarandás
de Jerez de la Frontera estavam em flor.
Nos pátios da luxuosa vivenda
onde me haviam instalado
(que o Governo confiscara
a um riquíssimo produtor de vinhos da região
por fraude fiscal,
agora destinada a hospedar gente da cultura),
os repuxos erguiam
os seus irisados fios de água
para logo os deixar cair molemente
na face doutras águas cativas
em grandes taças de mármore,
onde já flutuavam uma ou outra flor de jacarandá.
Aquele rumor, a que se misturava às vezes
algum canto de ave, parecia-me então
a música do paraíso.
Durante aqueles dias, eu ficava por ali
sentado toda a manhã com os meus papéis
e um copo de água, que o caseiro me punha
em cima da mesa, um copo de cristal
com grinaldas de flores
gravadas na parte superior.
Poucas coisas haverá tão bonitas
como um copo de água fresca no verão,
mesmo quando o vidro não tem o brilho
e a transparência do cristal.
O caseiro, cuja voz vinda doutro pátio
me prendia a atenção com cantares andaluzes
muito ornamentados,
também colocava cuidadosamente à noite,
na minha mesa de cabeceira,
um copo de água em tudo semelhante
àquele de que falei.
E como lhe referisse a beleza, ele ofereceu-me,
ao partir, o que estava no meu quarto,
como lembrança da minha passagem pela casa.
É esse copo que, desde então
- e já lá vão tantos anos! -
tenho à cabeceira, e sempre com água fresca,
como se o verão e a luz dos jacarandás
durassem eternamente.

Eugénio de Andrade (2001) Inimigo rumor

Post inspirado no fabuloso Dias com árvores.

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quinta-feira, junho 28, 2007

Assim, para sempre...

A ponte da Arrábida, na sua nova iluminação azul e branca, ontem à noite.

Moby - Forever

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quarta-feira, junho 27, 2007

Enorme
(da série São João #5)

A "Ilha Grande", na Rua de São Vítor, na antevéspera de São João.

The Waterboys - Islandman

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Hoje, recomendo a leitura de uma série de textos que parecendo abordar temáticas díspares, acabam por falar do mesmo assunto.
Comecem pelo Da Literatura, neste post do Eduardo Pitta que nos chama a atenção que, "para manter o museu [Berardo], o Estado vai gastar três milhões de euros nos primeiros doze meses de funcionamento". Aliás, sobre esta figurinha madeirense, que agora pulula de notícia em notícia, não deixem de ler a Helena, regressada ao Coriscos, neste texto impecável em que constata que: "Joe dispara insultos, ideias e OPAs em todas as direcções e o país pára, desculpa-o, rende-se, estende-lhe a passadeira vermelha e abre-lhe o cofre". Nem deixem de espreitar o Arioplano para contemplar este mimo aos mesmos intervenientes.
Depois, passe pelo jornal Público, e leia as afirmações imbecis do nosso primeiro-ministro na inauguração do referido Museu: "Antes, o roteiro da arte contemporânea acabava em Madrid. A partir de hoje, começa aqui." E, apesar destas declarações, que omitem anos de trabalho e sucesso de Serralves, apagando da agenda cultural aquele que tem sido o farol do país neste domínio, poucas ou nenhumas vozes se levantam, sejam daqueles que apregoam os momentos Chávez, sejam dos que tendo uma oportunidade de pôr o dedo na ferida (leia-se Prós e Contras sobre a Invicta), se apagam, encasulam ou repetem clichés anacrónicos, como tão bem documentam a Helena, o J.A. Rio Fernandes (aliás, com o conhecimento profundo da cidade e dos seus problemas que se lhe reconhece, porque é que não foi convidado a participar no debate em vez dos do costume?), o TBR e o POS.
Fiquemo-nos pois, em tom de humor, pela escrita mordaz (de Miguel Sousa Tavares) e sorridente (do Guardabel) daqueles que pertencem à instituição que provavelmente mais eleva o nome da cidade por esse mundo fora e, que apesar disso, são obrigados a lutar contra tudo e contra todos neste pequeno rectângulo, mas que, ainda assim, galhardamente nos alimentam o ego.

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terça-feira, junho 26, 2007

Noite mágica (Tomo II)
(da série São João #4)

A noite de São João como nós a vimos do Porto Oriental.

Ooberman - The kitchen fire

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Nota:
Esta gatinha é linda.

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segunda-feira, junho 25, 2007

Noite mágica
(da série São João #3)

O fogo de artifício da noite de São João, visto sobre as Fontaínhas.

The Pixies - Dig for fire

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sábado, junho 23, 2007

O São João no Porto
(da série São João #2)

A fonte das Fontainhas, onde ano após ano reside a genuina cascata sanjoanina, fotografada em final de XIX por Domingos Alvão.

The Stills - Changes are no good

"Nas Fontainhas é de estalo! (...)
A noite veio das mais fluidas, com um céu azul-escuro, pouco luar. Eles saíram no alvoroço meridional das festas, e Flora sentia o coração com risos, e achava lindos os balões venezianos das ruas, em túneis feéricos, de indianos brilhos. Ao pé das cascatas o povoléu empurrava-se. A música tocava o São João. E os bandos de festeiros passavam com violência, de braços dados, chapéus de palha, cantarolando em coro. A alegria doidejava, peninsular e rumorosa com a tontura do vinho e de amores. Das janelas cheias deitava-se fogo, dentro corria um bem-estar risonho e na rua compacta ia um frémito – como se em toda aquela gente houvesse umas grandes núpcias de coração. Os buscapés rabiavam; (...) e no azul veludoso os foguetes estoiravam em girândolas, e punham lágrimas
."
Júlio Brandão (1895) Farmácia Pires.

Prova que o São João do Porto, ao contrário de outras festas, outros santos e outras marchas, é e sempre foi uma manifestação genuinamente popular (e não uma criação do Estado Novo há 70 anos atrás), foi o referendo promovido pelo Jornal de Notícias no princípio do século XX (1911) que oficializou o 24 de Junho como feriado oficial da cidade. Havia sido pedido aos leitores do diário portuense qual a data que pretendiam como feriado para a Invicta e os resultados foram os seguintes:

24 de Junho, dia de São João, 6565 votos
1 de Maio, dia de São Pantaleão, 3076 votos
8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, 1975 votos
9 de Julho, dia da entrada do exército liberal no Porto após desembarque no Pampelido, 8 votos.

O resultado foi esclarecedor: o São João venceu de forma categórica.
Sublinhe-se contudo que a origem desta celebração é muito anterior a este referendo, ou inclusivamente a qualquer ligação judaico-cristã (aliás, já na Idade Média Fernão Lopes escrevia que a noite de São João era a de "maior folgança popular na cidade", e as festas cheias de "animação e entusiasmo desabrido"), sendo muito comum em diversos povos indo-europeus. Festejava-se a entrada do Verão com a presença do Solstício de Junho em que perpendicularmente o Sol atinge a latitude mais boreal, sobre o trópico de Câncer. Daqui até aproximadamente o Natal (21/22 Dezembro) os dias vão lentamente diminuindo de dimensão, comprovando mais uma vez as relações religiosas com os movimentos cósmicos.
Daí a provável oposição fogo/água que se verifica entre as labaredas das fogueiras e dos balões com a água das cascatas; ou na alegre espera pelo nascer do Sol, novo fogo perene na linha do horizonte, e altura ideal para esfregar no corpo o orvalho madrugador enquanto acalentador da fertilidade feminina, ao som das vozes que no passado e em coro cantavam:

Orvalheiras, orvalheiras, orvalheiras,
viva o rancho das moças solteiras.

O culto do fogo e a bênção da água são o caminho seguro entre olhares afrodisíacos que se negoceiam na noite de todos os aromas, do manjerico ao alho-porro, da sardinha assada ao suor proletário. Incontornavelmente, o São João está carregado de volúpia desde o Passeio das Fontaínhas à antiga tradição da Alameda da Lapa, local importante de celebração Sanjoanina do século de oitocentos, ainda que mais burguês e endinheirado.
A sorte de ter um avô cheio de saúde e absolutamente lúcido permite-me com frequência fazer viagens ao passado através das suas palavras nostálgicas e carregadas de saudade.
Por entre algumas gargalhadas sonoras, nos diversos encontros que vamos tendo, ele vai-me desfiando o novelo de memórias antigas em festejos sanjoaninos da década de 30 ou do tempo da II Guerra.
São sempre histórias suadas dos amigos tecelães ou do escritório onde trabalhava, de um sentimento profundo de revolta pela opressão do Estado anti-democrático ou negramente humorísticas de uma miséria alegre, por entre as ilhas de São Victor ou o pé descalço em Gomes Freire. Mas quase todas desaguam no Passeio das Fontainhas, em qualquer São João libertino, onde a distância entre a pândega e a embriaguez são proporcionais à escarpa entre a Alameda e o Douro lá em baixo.

Donde vindes, S. João,
com a capa de estrelinhas?
- Venho de ver as fogueiras,
do Largo das Fontainhas
.
Antiga quadra Joanina, final de XIX.

Amiúde, passeamos por amigos que já partiram que, entre uma meia lata (expressão do Porto Oriental para uma caneca de tinto) e uma isca num pão, construíam quadras e rimas sanjoaninas, depois da dureza profunda de um dia de labuta.
Há uns anos atrás, peguei em papel e lápis e ousei transcrever as palavras cantadas que o meu avô soletrava sorrindo à mesa do jantar:

Deus queira que o tempo traga
Aquele ar da sua graça
Diz que o São João de Braga
Que nos rogou uma praga
Para que a festa não se faça

São João és um Lapónio
Se saíres das Fontainhas
Pois São Pedro e Santo António
Estão levados do demónio
Por não terem tais festinhas

Siga avante a mocidade
Já que temos liberdade
De cantar a noite inteira
Vamos para as Fontainhas,
Ora toma Mariquinhas,
Tudo dança a Ramaldeira.

Este mundo são dois dias
Óh meu rico São João
Prolongai nossas folias
Leve o Diabo a Paixão
.

Ora aqui está um belo pedaço de património intrínseco de um certo Porto, escrito e cantado há 70 anos atrás, em qualquer tasco manhoso da Praça da Alegria.
Sentem-se os ventos quentes de leste no hábil uso das palavras avante e liberdade. Pressente-se a rivalidade regional na alusão ao desdém dos outros santos e da referência a Braga.
Quando, na actualidade, se percebe a tentativa de "elitizar" o São João, através da sua passagem para outros espaços da cidade, como tem sido tentado nos últimos anos, ou da sua ligação a outras classes sociais, desfigurando o carácter operário do mesmo, compreende-se a angústia de um tal Belmiro Lima que, na longínqua década de 30 do século XX, já previa esse destino.
Bem sei que o São João do Porto não terá começado nas Fontainhas, mas algures nas ruelas soturnas do Centro Histórico e que posteriormente se difundiu de forma alastrada pelos diferentes bairros e freguesias, tornando-se numa festa descentralizada. Mais do que isso, Alberto Pimentel referindo-se à primeira metade do século XIX afirmou mesmo que: "N'aquelle tempo, o S. João do Porto era todo ocidente, para os lados do mar. Ao Passeio das Fontainhas, sobre o Douro, apenas iam os bairristas beber a água da meia noite ou tomar as orvalhadas". Provavelmente, Pimentel aludia à freguesia de São João da Foz, cuja toponímia explica as celebrações, e aos campos de Cedofeita, na altura limites urbanos ocidentais do Porto, onde o povo celebrava em piqueniques.
Mas é seguro que a partir de meados de XIX, as Fontainhas passaram a ser o coração das celebrações (como o prova, entre tantas outras obras, o texto em epígrafe de Júlio Brandão), consequência provável da criação da cidade finisecular a dois ritmos : a Ocidente a do consumo, rica e elitista; a Oriente a da produção, pobre e castiça.
Romper com esta herança, genuína e antiga, parece obra de quem não conhece a cidade e meio caminho para desvirtuar a festa, normalizando aquilo que era diferente e autêntico.
Lapónios é o que eles são!

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Muitos parabéns ao Avatares de um desejo e ao ...bl-g- -x-st- , dois bastiões da blogosfera nacional. Continuarei leitor, como o fui nestes 4 anos. Para além do mais, são azuis e brancos como eu.

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sexta-feira, junho 22, 2007

Red Wall
(da série São João #1)

As Fontainhas na tarde de 13 de Dezembro passado.

The Smiths - Rusholme Ruffians

Rusholme Ruffians

The last night of the fair
By the big wheel generator
A boy is stabbed
And his money is grabbed
And the air hangs heavy like a dulling wine

She is Famous
She is Funny
An engagement ring
Doesn't mean a thing
To a mind consumed by brass (money)

And though I walk home alone
I might walk home alone ...
But my faith in love is still devout

The last night of the fair
From a seat on a whirling waltzer
Her skirt ascends for a watching eye
It's a hideous trait (on her mother's side)

Then someone falls in love
And someone's beaten up
Someone's beaten up
And the senses being dulled are mine

And though I walk home alone
I might walk home alone ...
...But my faith in love is still devout

This is the last night of the fair
And the grease in the hair
Of a speedway operator
Is all a tremulous heart requires
A schoolgirl is denied
She said : "How quickly would I die
If I jumped from the top of the parachutes?"

So ... scratch my name on your arm with a fountain pen
(This means you really love me)
Scratch my name on your arm with a fountain pen
(This means you really love me)

And though I walk home alone
I just might walk home alone
But my faith in love is still devout
I might walk home alone
But my faith in love is still devout

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quarta-feira, junho 20, 2007

As torres da cidade

O Hospital de Santo António e as torres do Porto: Clérigos, Sé, São Bento da Vitória e São José das Taipas, no passado fim-de-semana.

Ooberman - Abstract Sky

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terça-feira, junho 19, 2007

French kiss

A Avenida dos Aliados, no passado fim-de-semana.

The Strokes - 12:51

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segunda-feira, junho 18, 2007

Somewhere inbetween

As igrejas dos Carmelitas e do Carmo, numa destas estranhas noites de Junho.

The Radio Dept - Where damage isn't already done

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sexta-feira, junho 15, 2007

Adormecer

Os Guindais e a Ponte Luís I, como nós a vimos, ainda há pouco da Ponte do Infante.

Morrissey - Asleep

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quinta-feira, junho 14, 2007

Always the trees

A sede da cooperativa Árvore, no antigo palacete de José Pinto Meireles, visto por nós, da outra margem do rio Frio, em Setembro de 2004.

Supergrass - She's so loose

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Obrigado, Campeão!

Final da Liga dos Campeões, 26 de Maio de 2004 (foto: Getty images).

Super Dragões - Nunca estarás só

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quarta-feira, junho 13, 2007

Recanto

O largo de Monpilher, no Porto, como nós o vimos em Outubro de 2004.

Catatonia - Bleed

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terça-feira, junho 12, 2007

Desfiguração

O asilo da Misericórdia, antigo Matadouro, na Alameda das Fontainhas, em Dezembro passado.

Jesus & Mary Chain - Between Us

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sexta-feira, junho 08, 2007

Portal

A curva do Fidel, como o meu avô gosta de lhe chamar, no princípio de Maio.

Ooberman - Hatch opens

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quarta-feira, junho 06, 2007

Power in Pink

A praça D. João I, como eu a vi na noite dos cravos, Abril de 2004.

Psychedelic Furs - Pretty in Pink

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Para acabar de vez...



Não é de agora que nos manifestamos contra esse inaceitável acto de barbárie que são as touradas. Já aqui o havíamos feito.
Agora é apenas a resposta a um apelo do Tiago Barbosa Ribeiro do Kontratempos, para que se divulgue esta campanha da Acção Animal que se opõe a uma das mais vergonhosas práticas ainda em voga neste país.
Sonho um dia que o velho decreto-lei da década de 30 de XIX, redigido por Passos Manuel (um homem de Matosinhos), durante o reinado de Dona Maria II, que proibia as touradas, seja de novo recuperado.
Isso sim, seria recuperar a memória.

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terça-feira, junho 05, 2007

Cascata

A cascata portuense como eu a vi em Fevereiro passado.

Stone Roses - Bye Bye Badman

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segunda-feira, junho 04, 2007

Como um gato!

A gatinha Nina na varanda sobre o Douro, ainda há pouco.

The Cure - Lovecats

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