sábado, fevereiro 09, 2008

Lá em cima, há planícies sem fim.

O espaço visto por entre as árvores do Parque da Cidade, no Porto, 3 de Novembro de 2007.

Paulo de Carvalho - Era uma vez o Espaço

Sempre atrasado, segue aqui a ligação para o texto sobre o Carnaval que escrevi no JN do passado dia 30 de Janeiro.
O texto pretende lembrar o passado de glória do Carnaval na Invicta e, sobretudo, manifestar a preocupação com a forma como a actual edilidade despreza a interacção com a população da cidade, actores e espectadores simultaneamente, reagindo tarde e temerariamente às novas tendências urbanas, e preferindo recordes “estratosféricos” de ferro e PVC à evocação da alma portuense ou à busca da identidade da cidade, fundadas num passado que a História e a Geografia ensinam e que a literatura de Alberto Pimentel, Camilo Castelo Branco ou Ramalho Ortigão tão bem ilustram.
Numa sociedade do consumo, palco desta nova realidade urbana de efemeridade e ilusão, que (sobre)vive à custa dos eventos e da imagem para o mundo, espera-se que este regresso insípido do Carnaval à Baixa seja, acima de tudo, a semente de um projecto de maiores dimensões que respeite a herança histórica da cidade e mobilize a participação dos portuenses.
E, já agora, que a crítica à CMP possa coexistir com estas manifestações culturais. Não levem a mal, mas a velha liberdade de expressão, mesmo neste fictício mundo pós-moderno, de vez em quando, ainda sabe bem.

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